Jornalismo ao pormenor

TAÇA 16 DE JUNHO: Iniciativa movimenta 72 crianças em Marracuene

Mais de 70 crianças, do distrito de Marracuene, em Maputo, estarão envolvidas na primeira edição da Taça 16 de Junho, a decorrer neste fim-de-semana. Desidério Chambo, criador e gestor do evento, em conversa ao Lupa, mencionou que as crianças estão organizadas em quatro equipas, nomeadamente, Ferroviário do Mumemo, Colômbia Futebol Clube, Agostinho Neto e Futebol Clube de Madeira.

A iniciativa está inserida no projecto Futebol Clube de Madeira, que iniciei há um ano e que visa, essencialmente, formar pequenos jogadores dos escalões infantis e iniciados. Tomei a ideia de avançar para uma taça porque senti que faltam, ao nível de Marracuene, competições que façam rodar as crianças.

Desidério chambo acrescentou que a escolha e a disposição dos petizes em quatro equipas, não foi obra do acaso, derivou de um processo de acompanhamento, trabalho e análise.

As quatro equipas estiveram envolvidas naquela que foi a primeira edição do campeonato Copa Mumemo e que movimentou perto de 200 crianças. As quatro equipas que me referi estiveram nas primeiras 4 posições da tabela classificativa.

Talvez este não tenha sido o melhor método, tomando em consideração que o campeonato não chegou ao fim por motivos organizacionais, mas foi a melhor forma de encontrar as equipas que poderiam competir nesta primeira edição. Para o ano, poderemos começar pela fase de grupos, envolvendo mais equipas”, revelou.

 

De acordo com Chambo, o evento de Sábado e Domingo envolve crianças dos 10 aos 15 anos de idade e conta com quatro partidas. Cada equipa fará duas. As equipas que vencerem os jogos de sábado jogarão a final no domingo e as que perderem medirão forças entre si para se apurar o terceiro e quarto lugares.

“Em princípio, nós estamos a realizar o evento para os escalões iniciados, ou seja, dos 13 anos aos 15. Porém, por experiência do campeonato que me referi anteriormente, constatamos que existem crianças mais novas ainda, dos escalões infantis, com talento, portanto decidimos incluí-las.”

Se nem tudo é mar de rosas, há mesmo que sublinhar que as coisas“ na iniciativa não são tão fáceis como parecem. Actualmente, por exemplo, Chambo lamentou o facto de ainda não ter apoio institucional, o que contribuiria grandemente em várias componentes, incluindo a de premiação. Mesmo assim sublinhou estar disposto a continuar, uma vez que acredita que é cedo demais para desistir.

É preciso referir que não contamos com apoio financeiro de qualquer entidade. Gostaríamos, mas neste país, apenas apoiam-se projectos em andamento, então nós estamos a fazer acontecer.

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