
Nuno Silas expõe dor, injustiça, ilusão do madjoni-djoni, no CCMA
Os amantes de arte, e não só, podem deliciar da exposição “Madjoni-djoni- retratos de mineiros e famílias moçambicanas na África do Sul” que está patente no Centro Cultural Moçambique -Alemanha (CCMA), até 29 de Março. Da autoria de Nuno Silas, o artista aborda a dura jornada dos Madjoni-djoni destacando as adversidades enfrentadas por estes heróis e celebrando as formas criativas e inovadoras de preservação e reinvenção culturais que surgiram em meio às adversidades.
” Madjoni-djoni é, portanto, uma oportunidade de reviver as estórias de famílias e indivíduos cujos legados, muitas vezes esquecidos, são fundamentais para compreender as complexas relações de poder e resistência na África ao longo dos séculos”, lê-se numa nota junto da exposição.
A exposição propõe explorar dinâmicas complexas dos mineiros moçambicanos na terra do rand reflectindo sobre a intersecção migração, política e o social dos madjoni-djoni, conseguido através de combinação de fotografias, vídeos, instalações de grande escala e desenhos, oferecendo uma visão de Moçambique pós-independência.
A exposição de Nuno Silas também aborda a música e a dança Makwaela, uma das mais importantes manifestações culturais nesse contexto migratório. Na sala da exposição, inaugurada no dia 11 de Fevereiro, Nuno Silas nos envolve através de quadros criados entre 2024 a 2025, todos propositadamente sem título, com bases em técnicas tinta-da -chona sobre tela e Mista s/Tela.