Jornalismo ao pormenor

Renamo repudia Comissão de Inquérito com presença do Ministério da Justiça

A Renamo convocou a imprensa  ontem, segunda-feira, para repudiar os últimos acontecimentos do país. O partido mencionou a investigação do Centro de Investigação Pública (CIP) referente ao caso de reclusas na penitenciária feminina de Ndhavela que, segundo sublinhou, são forçadas a prostituir-se cujo rendimento é para o beneficio de pessoas bem posicionadas naquelas instalações.

“A Renamo e o seu Presidente são à desfavor da aludida Comissão de Inquérito criada pela Ministra da justiça porque é mais um simulacro que pretende entreter os moçambicanos, sem nenhum resultado, como aconteceu em várias situações”, comentou, José Manteigas, sobre a possível inclusão do Ministério da Justica, Assuntos Constitucionais  e Religiosos na comissão de inquérito que vai investigar as denuncias do CIP.

Na ocasião, José Manteigas sublinhou que  é também noticia recorrente, o envolvimento de agentes das Forças de Defesa e Segurança em assassinatos e maus tratos de cidadãos indefesos bem como em agentes económicos com o objectivo de exigir resgates milionários sob olhar impávido e sereno das respectivas chefias. “Este todo enredo é uma clara manifestação de ausência de autoridade do Estado, sua captura e total anarquia que se vive no seio das Forças de Defesa e Segurança”, disse, o porta-voz do partido.

Segundo o partido, a ausência de voz de comando enfraquece o  Estado e consubstancia uma governação obsoleta, tudo porque esses fora da lei consideram-se camaradas e intocáveis.

A Renamo lembrou que é também noticia da actualidade o pretenso pedido de redução de preço do cimento produzido pela empresa Dungongo Cemente SA submetido ao Ministro da Indústria e Comércio por outras empresas do ramo. “Para a RENAMO e o seu Presidente esse pedido é descabido e não se compagina com o fim social das empresas que não devem olhar e preocupar-se apenas com o lucro, sobretudo numa sociedade como nossa onde o poder de compra é miserável e um dos direitos fundamentais dos cidadãos é a habitação”, comentou, José Manteigas.

Sobre esta situação, o maior partido da oposição, diz que através da sua Liga Juvenil solicitou indeferimento desse pedido ao Ministro competente o que espera ter provimento.

“Mais uma vez, aqui e agora reiteramos esta posição e aproveitamos este ensejo para encorajar a empresa Dungongo Cemente SA a praticar preços aceitáveis e confortáveis para o bolso do cidadão. Às outras empresas exortamos a seguir este exemplo como forma de aliviar um dos problemas das nossas populações e dos jovens em particular”, sublinhou, José Manteigas.

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