
O Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo, Gerónimo Malagueta, durante o início da I Sessão Ordinária da Assembleia da República na sua X Legislatura disse que os moçambicanos têm assistido, na governação da Frelimo,”ao desfilar de programas como a Agenda 20-25, Mozagrius, Proagri, Eu acredito, Meu Kit meu emprego, Pro-Savana, Sustenta e outros, planos esses que se tornaram um verdadeiro fracasso e têm sido simplesmente para roubar os moçambicanos.”
De acordo com Malagueta é devido “a essas más políticas públicas que os moçambicanos se manifestam por dias melhores. Assim, torna-se imperativo nacional a realização de eleições livres justas e transparentes, porque actualmente existe um governo sem legitimidade popular.”
Partilhou que o actual Governo “está no poder por força da Comissão Nacional de Eleições e do Conselho Constitucional, contra a vontade dos moçambicanos, cujo reflexo são as manifestações populares.”
Anotou que o ou outro problema que no entender da Renamo não faz sentido. “Presidente da República é ao mesmo tempo Presidente do Partido FRELIMO, numa clara violação do consagrado no artigo 148, da Constituição da República, como também um manifesto desrespeito pelo juramento que proferiu no acto da tomada de posse, não obstante ser jurista de profissão.”
Ademais, na sua tomada de posse, “o Presidente da República prometeu reduzir a estrutura do governo, eliminar a figura de Vice-ministro por forma a reduzir a despesa pública mas o que se assiste é a nomeação de Secretários de Estado em vários Ministérios multiplicando as despesas comprometendo a promessa de reduzir as despesas.”
Como se não bastasse, “realiza Sessões do Conselho de Ministros de Província em Província, aumentando, substancialmente, as despesas em alojamento, ajudas de custo, passagens aéreas, equipas de avanço, alimentação para centenas de pessoas, valor esse que seria útil na construção de muitas escolas e compra de medicamentos, para melhorar a saúde da nossa população, especialmente neste momento em que o país encontra-se em estado atípico”, anotou o Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo
De pobre para mais empobrecido
Durante o início da I Sessão Ordinária da Assembleia da República na sua X Legislatura Gerónimo Malagueta mencionou sobre as mudanças climáticas que ciclicamente assolam o país, evidenciam a incapacidade do governo de dar uma resposta capaz de minimizar o sofrimento dos moçambicanos, a avaliar pelos danos causados.
“A fraca fiscalização, a falta de transparência na gestão dos recursos e prestação de contas com relação aos víveres ofertados, condenam os nossos concidadãos à desgraça e ciclicamente a passar pelos mesmos problemas de habitação e vias de comunicação sólidas, por causa da corrupção.”
Segundo Malagueta, decorridos mais de 30 anos da Assembleia Multipartidária e 50 anos de independência de Moçambique, o país ficou mais pobre. A vida do moçambicano agravou-se cada vez mais em todos os sectores sociais.
“Moçambique não é um país pobre. Ele é empobrecido pelas más políticas e corrupção dos seus dirigentes senão vejamos: O país possui terras aráveis, abundante água-doce em rios e lagos, enormes reservas de recursos minerais, florestais, marinhos, faunísticos, que bem geridos dariam para ter uma Nação próspera e sem pobreza, mas, com esta Governação não é possível atingir este objectivo fundamental.”