Jornalismo ao pormenor

Quarenta e seis anos do país dos “camaradas” onde o povo está à venda, explica Ossufo Momade

Texto : Bernardino Navurula

a Renamo considera que um dos pesadelos ao longo dos 46 anos da independência é a dívida ilegal, inconstitucional e avassaladora.

“Aqueles que outrora catalogaram os jovens como vendedores da pátria, foram eles mesmos que roubaram os 2 biliões e 200 milhões de dólares norte-americanos aos moçambicanos”, lembrou, o Presidente da Renamo.

“O rombo financeiro constitui, actualmente, o maior fardo dos moçambicanos, “por culpa  de um grupo de ladrões e lesa-pátrias”, disse, Ossufo Momade.

“Choca aos moçambicanos que havendo indicação de envolvimento do Presidente da República, denominado por “new man” e do Partido Frelimo na ordem de 1 milhão e 10 milhões de dólares norte americanos, respectivamente, ninguém, nem o próprio Presidente da República, nem a Frelimo se dignam em pronunciar-se ou distanciar-se publicamente sobre as informações acusatórias que são sistematicamente difundidas em vários órgãos de comunicação social”, repisou, o Presidente da Renamo.

Segundo o Presidente da Renamo, este Governo transformou o país numa propriedade privada, mais concretamente na sua capoeira, onde faz e desfaz.

“Entendemos  que os moçambicanos não podem, nem devem continuar a assistir pacificamente e indiferentes estes abusos sob pena de à curto e médio prazo todos  acordarmos  já vendidos”, alertou, Ossufo momade.

Ossufo Momade sublinhou que o sofrimento que os moçambicanos enfrentam durante os 46 anos de libertação colonial dói sobremaneira porque é infligido por moçambicanos que antes vestiram-se de pêle de cordeiro.

“É mais doloroso ainda, porque parece que há uma total resignação das nossas populações, em particular os professores, enfermeiros, policias, académicos e outros servidores do Estado que igualmente são desvalorizados e tratados como instrumentos do regime” caracterizou, Ossufo Momade.

Segundo Momade, cerca de meio século depois, urge fazer renascer o nacionalismo e a vontade colectiva de esmagar qualquer tirano que queira  escravizar o país.

“As situações criminosas de Cabo Delgado, e da zona Centro do país, agravadas pela pandemia COVID-19 tornam a vida das nossas populações cada vez mais difíceis”, disse.

A Renamo voltou a repudiar e condenar as acções bélicas e assassinas dos insurgentes em Cabo Delegado e da suposta Junta Militar, no Centro do País.

“A esses cidadãos apelamos a parar com o sofrimento das nossas populações que já é vitima de tantos outros males”, disse, Ossufo Momade.

O maior partido da oposição insta ao Governo a identificar estratégias militares à altura e capazes de pôr o inimigo na defensiva até a derrocada final.

Segundo a Renamo, para além da paz e reconciliação nacional, o maior desafio que o país enfrenta é a promoção de um desenvolvimento sustentável, a inclusão social e sobretudo governantes íntegros e comprometidos na promoção do bem estar de  todos  cidadãos.

“Moçambique precisa de governantes livres da ganância, corrupção, governantes que não se confundem com “gangs”.

No processo da democracia, as eleições não podem ser o adubo dos conflitos internos, antes pelo contrário devem constituir ocasião de festa.

Deixe uma resposta