Jornalismo ao pormenor

“Possíveis” casos da COVID-19 na UPM, Jorge Ferrão preocupado com a informação

O Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão, visitou, ontem (14 de Julho), o Campus Universitário de Lhanguene na sequência da postura de Reitoria de proximidade. Durante a visita, em algumas salas de aulas, dos universitários, Jorge Ferrão ouviu que alguns estudantes e docentes testaram positivo da COVID-19.

a informação carece de confirmação, mesmo assim, Jorge Ferrão disse estar preocupado com o cenário e avançou para a necessidade de um mapeamento na instituição no sentido de apurar-se a veracidade da informação e, caso seja real, quantos estudantes e docentes testaram positivo de COVID-19 para melhor organização na instituição.

ˮA falta de informação sobre o número de  estudantes infectados foi outra das preocupações manifestadas pelo Reitor, isto depois de  estudantes nas turmas visitadas terem referido que alguns colegas, em número não especificado, testaram positivo. Há também professores infectados com o vírus da Covid-19ˮ, refere um documento da instituição elaborado após a visita de trabalho, que Lupa News teve acesso.

Um dos aspectos discutidos no encontro diz respeito aos modelos de avaliação dos universitários tendo em vista a COVID-19, “particularmente nesta fase de propagação acelerada da variante Delta”, sublinha o documento.

Com efeito, na visita foi avançado que  os  docentes devem evitar dar trabalhos de grupos e privilegiar actividades individuais.

A pandemia não foi único assunto na agenda de ontem, no Campus Universitário de Lhanguene o Reitor exortou aos Directores de faculdades a pensarem juntos em aspectos que visam melhorar a condição do Campus.

O Reitor mostrou-se agastado com a demora na resolução de velhos problemas ainda presentes, incluindo saneamento de águas negras, pintura das paredes, espaço das lanchonetes meio abandonado, campo de jogos que não dignifica a UPM  e falta de carteiras em algumas salas.

Num breve encontro de balanço da visita, os Directores de faculdades adiantaram algumas estratégias de contorno aos actos administrativos demorados que concorrem para o estado actual dos edifícios e limpeza dos espaços: trabalhos de forma sazonal,  possibilidade de contratos precários foram adiantados como possíveis soluções.

Para contornar a situação, os participantes, no encontro de balanço da visita, sugerem que as Faculdades fiquem com a  parte da responsabilidade na manutenção do campus,  sobretudo no que se refere a higiene , limpeza e cuidados com os espaços verdes.

Aliás, falando em espaços verdes,  o estado dos jardins chamou à atenção de Jorge Ferrão que não vê razão para não estarem verdejantes.

No encontro, a necessidade de uma maior aproximação entre as áreas académica e administrativa voltou a ser levantada, tal como a flexibilização do regulamento académico apontado como um dos factores motivadores de desistências devido a imperatividade dos prazos de pagamento das taxas e mensalidades.

O balanço da visita foi uma oportunidade par os gestores falarem do regulamento, que segundo dizem, dificulta o reingresso de estudantes que anularam a matrícula e outros que por razões ponderáveis não puderam pagar as obrigações em tempo útil.

Na UP  as multas são geradas automaticamente pelo sistema e estão a asfixiar os estudantes que sem alternativa são, lamentavelmente, atirados para fora da universidade.

Jorge Ferrão anotou os problemas apresentados.

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