Nyusi diz que gestores das autarquias devem abandonar actos corruptos
“Há muita corrupção nas autarquias. A provisão de serviços básicos não deve representar custos adicionais aos munícipes por causa de cobranças ilícitas”- Nyusi.
O presidente da República, Filipe Nyusi, desafia os gestores dos Conselhos Autárquicos do país a abandonarem actos corruptos e a desenvolverem a integridade como forma de reconquistar a confiança do povo.
Para Nyusi que falava esta segunda-feira durante a abertura da 10ª Reunião Nacional das autarquias locais, que decorre sob lema “Por uma governação autárquica íntegra, participativa e inclusiva”, a corrupção têm sido o maior obstáculo para o desenvolvimento dos Conselhos Autárquicos.
“Há muita corrupção nas autarquias. Os processos são muitos e não temos espaço (cadeias) para recolher as pessoas que fazem isso”, disse o Presidente, acrescentando que os edis não foram eleitos para abusar o poder.
Nyusi disse que a má aplicação dos fundos tem manchado a governação das autarquias, num momento em que o governo tem vincado esforços para reduzir o alto índice de corrupção em todo o país.
“A provisão de serviços básicos não deve representar custos adicionais aos munícipes por causa de cobranças ilícitas”, disse Nyusi, recordando aos edis que foram eleitos para servirem o povo e não para se servirem.
O Presidente disse que a transparência e a integridade, a prestação de contas, a participação e a inclusão são pressupostos essenciais para consolidação da unidade nacional e da paz, assim como do aprofundamento da democracia participativa, boa governação e a promoção do desenvolvimento integrado.
“A reunião acontece num momento em que o executivo reitera o compromisso no combate a corrupção, como o mais urgente e vital de todos os desafios, em prol de uma administração pública íntegra que busca resultados positivos na sua actuação” disse.
Actualmente, país conta com 53 autarquias que, segundo o Presidente, constituem hoje um dos sustentáculos centrais do processo de desenvolvimento do país e firmam-se, cada vez mais, como uma via extremamente importante para o diálogo, cooperação e concertação política.