Jornalismo ao pormenor

“Morte de Marcelino dos Santos cria um vazio histórico na Sociedade Moçambicana”

O secretário-Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), Carlos Paradona, falando  a Lupa News, disse que perder Marcelino dos Santos cria um vazio no seio da arte e literatura em Moçambique, e na poesia em particular. Marcelino dos Santos Morreu hoje (terça-feira, 11 de Fevereiro), aos 90 anos.

“Perder Marcelino dos Santos na sua qualidade de combatente desde a primeira hora na LutaCarlos Paradona, fala sobre morte de Marcelino dos Santos de Libertação Nacional cria um vazio histórico na sociedade Moçambicana. Apaga-se uma parte da História de Moçambique. A nossa História perdeu um dos grandes pensadores”, disse o Secretário-Geral da AEMO.

“Os escritores Moçambicanos lamentam com profunda mágoa o desaparecimento físico do poeta Marcelino dos Santos. Ele não morreu porque vive e viverá sempre com o seu povo, camaradas de arma, e confrades de letras. Não há palavras para descrever”, sublinhou  Carlos Paradona.

Alex Dau fala sobre morte de Marcelino dos SantosO escritor Alex Dau, falando, via telemóvel, descreveu Marcelino dos Santos como homem de valores,- em várias frentes do país. “Marcelino dos Santos era um homem de valores como combatente e como nacionalista. Enquanto nacionalista usou a poesia como ferramenta de libertação.”

Paralelamente, o filósofo moçambicano, Severino Ngoenha, falando à STV, destacou que num período de grande dificuldade Marcelino dos Santos encontrou uma linha de libertação. “Em termos de percurso, eventualmente, ele (Marcelino dos Santos) vai marcar nossa história como nacionalista exemplar”, disse o filósofo.

Um texto de João de Sousa refere que Marcelino dos Santos, nasceu no Lumbo, em 20 de Maio de 1929. Foi um político e poeta moçambicano. Marcelino dos Santos foi membro fundador da Frente de Libertação de Moçambique, onde chegou a vice-presidente. Depois da independência de Moçambique, Marcelino dos Santos foi Ministro da Planificação e Desenvolvimento, cargo que deixou em 1977 com a constituição do primeiro parlamento do país (nessa altura designado “Assembleia Popular”), do qual foi presidente até à realização das primeiras eleições multipartidárias, em 1994.

Segundo o texto, com os pseudónimos “Kalungano” e “Lilinho Micaia” tem poemas seus publicados no “Brado Africano” e em duas antologias da Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa. Com o seu nome oficial, tem um único livro publicado pela Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1987, intitulado “Canto do Amor Natural”.

Deixe uma resposta