Jornalismo ao pormenor

II /XXII Pecado:Músicos antigos ajudando os novos

É importante que os músicos se inter-relacionem. Quando falo de inter-relação, falo de troca de ideias e não de troca de números de telefones.

Temos, sem dúvidas, um vasto universo de conhecimento entre nós, através de músicos de longa data praticando e criando novos sons musicais (ainda que alguns não saibam como o fizeram). Mas tal conhecimento não nos será útil enquanto só estiver resumido nos três (3) minutos da música que escutamos quando estamos no carro e chegamos ao ponto de fazer next quando já nos fartamos de escutar/ouvir.

A coisa é a seguinte: precisamos que os músicos/cantores sejam capazes de assistir aos fazedores emergentes da música. Mas para isso é importante, claro, que alguns se livrem do “importantismo”. Enquanto nos acharmos importantes de mais, enquanto acharmos que somos apenas assinantes de autógrafos, então estamos condenados a ignorância de não saber passar o conhecimento para os outros.

Se quisermos ser mais produtivos e activos no que fazemos, precisamos criar fóruns nacionais e/ou locais para debater a música. Falo de debater a música no sentido cultural e não político como se tem feito. Para isso, precisaríamos delegar representantes musicais (não por afinidade politica/amizade/familiaridade) no sentido de fazer-se a música respeitando alguns padrões que não podem ser rompidos, ainda que reconheçamos a existência da evolução das coisas.

Importa lembrar que isto seria até benéfico para os próprios artistas que ajudariam os outros porque já saberiam que a sua experiência não foi jogada no chão, mas sim investida na criação de novas mentes capazes de ensinar a sociedade através da música. Se quisermos que a música seja levada a sério, então que se seja sério como fazedor da mesma.

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