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IDAI, dois anos depois: ACNUR diz que cerca de 90.000 pessoas em Sofala continuam a viver em condições complicadas

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) avança que o segundo aniversário do Ciclone Idai, ontem, domingo, 14 de Março,  é marcado por crescentes necessidades e desafios enfrentados por pessoas deslocadas internamente.  Segundo a Agência, Dois anos após a devastação do Ciclone Idai, em Março de 2019, cerca de 90.000 pessoas deslocadas internamente continuam a viver em condições complicadas na província de Sofala, no região central de Moçambique.

Um documento da ACNUR enviado a nossa redacção explica que  os deslocados internos que foram impactados pelo ciclone Idai ainda enfrentam graves desafios de proteção, que podem ser agravados por ciclones recorrentes e até mesmo tempestades, como no caso da tempestade tropical Chalane.

 Na sequência da chegada do Idai em Moçambique, o ACNUR estabeleceu-se em Sofala para se concentrar na monitoria de atividades para proteção, avaliação das necessidades materiais e distribuição de artigos essenciais e de alívio imediato. Durante as actividades de monitoramento de proteção, a Agência e  os parceiros identificaram vários riscos de proteção relacionados à segurança física e vulnerabilidade de crianças, mulheres, idosos e pessoas com deficiência, bem como a falta ou disponibilidade insuficiente de instalações básicas (água e saneamento básico, abrigo, saúde, iluminação, alimentos e segurança).

 Em termos de necessidades materiais e distribuições, o ACNUR e o parceiro Visão Mundial priorizaram a distribuição de itens essenciais e de alívio imediato para pessoas com necessidades específicas e suas famílias. No total, 78.845 itens foram distribuídos em assentamentos temporários e permanentes nos distritos da Beira, Dondo, Nhamatanda e Buzi, beneficiando mais de 27.000 indivíduos e 300 escolas.

Como resultado de uma avaliação de proteção realizada por parceiros de proteção em janeiro de 2021, cerca de 60% das famílias deslocadas internamente perderam seus documentos civis e não puderam renová-los desde o Ciclone Idai. Um número impressionante de 79% das familias relataram que seu abrigo havia sido afetado pela tempestade tropical Chalane em dezembro de 2020. No geral, as pessoas deslocadas na área ainda precisam de maior apoio, em particular em termos de meios de subsistência e programas de desenvolvimento.

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