Nas organizações um dos ‘’pecados’’ dos gestores e de grupos de trabalho que incomoda o colaborador consiste em este (o colaborador) ‘’ver’’ a ideia ser reprovada, muitas vezes antes de passar por uma observação conjunta. As organizações devem apostar em uma cultura de trabalho que permite que o colaborador sinta-se essencial na organização o que contribui para a motivação e consequente alcance dos objectivos desenhados.
Considerou Joseph Nota, especialista em Recursos Humanos e docente universitário, durante uma palestra intitulada O Papel do Indivíduo na Cultura organizacional, que teve lugar na Escola de Comunicação e Artes (ECA) da UEM, em Maputo.
Joseph Nota explicou que quando se concebe uma organização há princípios, valores, missão entre outros aspectos a considerar. ‘’Mas a partir do momento em que entram mais pessoas vêm novas ideias, experiências, e novas formas de trabalhar. Isso não deve mudar a organização mas deve ajustar algumas coisas. A organização, que antes, pensava de alguma forma, depois, passará a pensar diferente.’’
Joseph Nota, também especialista em motivação, avançou que é preciso perceber que nas organizações há pessoas que entram e há pessoas que saem. E há os que permanecem. Este processo é chamado de Rotação de Pessoal e influencia significativamente na cultura organizacional.
Este é um elemento normal de Gestão organizacional e não pode ser visto como um problema, mas sim, como um aspecto importante. Considerou.
Segundo Joseph Nota, as pessoas ao entrarem na organização levam ideias, perspectivas, formas de trabalho o que pode criar confrontação e choque na (nova) organização a trabalhar. Esse choque deve ser bem gerenciado porque há expectativas tanto por parte da pessoa, que entra na organização, como da própria organização, que espera o contributo do colaborador.
‘’É sempre importante que na organização quando o indivíduo tem uma ideia procure a organização, principalmente os gestores que têm papel influenciador, para apresentar o seu ponto de vista e que a organização saiba ouvir ideias e avalie. É preciso que a organização saiba interagir com o colaborador e saiba, também, prever situações que acabam em conflito e procurar mecanismos de evitá-los’’
O especialista em Recursos Humanos sublinhou que na cultura organizacional quando as empresas aceitam ideias e experiências dos colaboradores o trabalho é mais prazeroso. ‘’Até porque o salário pode não ser elevado. O ambiente do trabalho, incluindo a relação entre o individuo e o gestor é de extrema importância na organização,’’ concluiu.
Fonte: Correio da Manhã