A Renamo marcou para 15 de Janeiro em Gorongosa, centro do país, o congresso que vai definir a sucessão de Afonso Dhlakama, antigo líder do principal partido da oposição no país, que morreu em Março.
Numa deliberação anunciada pelo porta-voz do partido, no final do 6.º Conselho Nacional da Renamo, o partido definiu que o sucessor de Afonso Dhlakama deve ter a nacionalidade moçambicana, ter ocupado a função de secretário-geral, ter 15 anos de militância e ser membro idóneo e de reconhecido mérito, lê-se no perfil anunciado.
Além disso, o próximo líder do principal partido da oposição em Moçambique deve ser uma figura que combateu pela Renamo na guerra civil dos 16 anos, que opôs o braço armado do partido e as forças governamentais. Um dos possíveis candidatos à sucessão de Afonso Dhlakama é Elias Dhlakama, apesar de não cumprir todos os requisitos exigidos para o cargo, nomeadamente não ter 15 anos de militância no partido porque fazia parte das Forças Armadas e não ter sido secretário-geral.
“O congresso vai deliberar sobre algumas situações excecionais”, disse José Manteigas, sobre a inelegibilidade do irmão de Afonso Dhlakama. “O que devo dizer é que em princípios legislativos, há excepções e, portanto, pode ser que ele [Elias Dhlakama] venha a ser abrangido por uma das excepções”, declarou José Manteigas.
A Renamo decidiu ainda criar um gabinete para a preparação do congresso e caberá ao órgão receber as candidaturas à liderança do principal partido de oposição em Moçambique.
“Este gabinete anunciara as datas de receção das candidaturas e daí conheceremos os candidatos a presidente do partido”, acrescentou José Manteigas.
A Renamo é actualmente dirigida por um coordenador interino, Ossufo Momade. O congresso da Renamo, que vai ter três dias, terá a participação de 700 candidatos e 300 convidados, que vão reunir-se no distrito de Gorongosa.
Fonte: Notícias ao Minuto