
Nelson Marqueza, a partir de Sofala
Nesta quinta-feira (05 de Junho), durante o primeiro dia da I Reunião Nacional de Formação e Planificação do PODEMOS, que decorre na Beira, o Secretário Provincial do partido em Cabo Delgado falou da “aceitação do PODEMOS (na província) que não foi espontânea nem superficial. Foi conquistada com trabalho, com presença, com escuta activa, com entrega verdadeira e com uma linguagem que o povo reconhece como sua”, sublinhou Elísio Muaquina.
Elísio Muaquina avançou que em meio à “desconfiança natural provocada por anos de abandono, promessas vazias e instrumentalização política, o PODEMOS chega como uma alternativa real limpa, firme e comprometida.”
O Secretário Provincial do Partido à nível de Cabo Delgado apontou desafios de segurança e mobilidade, “em zonas onde a simples circulação de militantes representa um risco real; de pressões institucionais e partidarização do aparelho do Estado, “que procuram intimidar, silenciar ou deslegitimar a nossa presença com práticas que já deviam ter sido banidas da democracia moçambicana.”
Falando no Pódio, no Princípio da tarde, numa sala repleta de membros vindo de todas as províncias e fora de País, Muaquina apontou, igualmente, desafios de reconciliação local, “onde o tecido social foi rasgado por conflitos armados e onde a política, por vezes, é confundida com traição”
Já somos conhecidos pela forma como ouvimos o povo
Mesmo com esses desafios o membro do PODEMOS em Cabo Delgado apontou notas de sucesso, onde, entre muitos aspectos, “hoje, em distritos como Pemba, Metuge, Mueda, Quissanga, Mecúfi, Ibo e Ocua, já somos conhecidos não pelos slogans, mas pela forma como ouvimos o povo, como denunciamos injustiças, como estamos presentes nos momentos difíceis e como falamos com verdade mesmo quando isso nos custa.”
Elísio Muaquina explicou que a aceitação do PODEMOS em Cabo Delgado é fruto de uma escolha consciente do povo: “o povo escolhe quem está ao seu lado, não quem aparece apenas em vésperas de campanha. E nós escolhemos estar ao lado do povo, mesmo quando nada era certo, mesmo quando tudo parecia ruir.”
Por isso, “esta reunião é, para nós, um momento de alívio e de reconhecimento, mas também de renovação da coragem. Viemos para aprender mais, para planificar melhor, para servir com mais competência, e para regressar a Cabo Delgado com estratégias claras e soluções concretas”.
Porque o “PODEMOS não está apenas a ser aceite está a ser acolhido como esperança viva. E isso é uma responsabilidade que não tomamos levianamente. Demos o peito a bala para que chegássemos aqui onde estamos, porque somos PODEMOS e com PODEMOS irei até ao fim.”