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E o pânico continua: Mais de 100 mortos em Guatemala

As autoridades de Guatemala apontam para 101 mortos, quase 200 desaparecidos e cerca de 3.000 feridos e desabrigados, naquela que é considerada a maior tragédia dos últimos anos num país com 38 vulcões.

Devido às dificuldades de encontrar mais sobreviventes aliado ao risco de ocorrem novas explosões na zona, as actividades de busca de desaparecidos tiveram que ser novamente suspensas. Na quarta-feira, as buscas já tinham sido suspensas. Neste momento, avalia-se a possibilidade de encerrar os trabalhos de resgate e transformar o local em um cemitério, ou seja, fincar uma cruz sobre as cinzas.

“As condições climáticas e os resíduos ainda incandescentes nas zonas afectadas não permitem preservar a integridade física dos socorristas”, disse à imprensa David de Leon, porta-voz da Coordenação Nacional de Luta contra as Catástrofes Naturais (Conred), recordando que “podem ocorrer explosões na zona e que a chuva pode provocar deslizamentos de lama e cinza”.

Há dias que equipas de socorro, polícias e militares desdobram-se em trabalhos de busca de cadáveres em San Miguel Los Lotes e outras localidades afectadas pela explosão deste vulcão ocorrida no domingo.

A ajuda internacional começou a organizar-se. Os Estados Unidos da América, segundo Expresso, enviaram na quarta-feira um avião militar que transportou seis crianças queimadas na erupção vulcânica para um hospital especializado de Galveston, no Texas.

O vulcão de Fogo tinha já entrado em erupção este ano em Janeiro. Em Setembro de 2012, a sua anterior entrada em actividade causou a retirada de cerca de 10.000 pessoas residentes em aldeias situadas no flanco sul.

Há outros dois vulcões também activos na Guatemala: o Santiaguito (oeste) e o Pacaya (20 quilómetros a sul da capital). Este pequeno país da América central fica na “Cintura de fogo do Pacífico”, uma zona que concentra cerca de 85% da actividade sísmica terrestre.

Fonte: El país e Expresso

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