A antiga administradora do distrito de Dondo, na província de Sofala, Graça Correia está detida acusada de corrupção e abuso de poder, de acordo com dados divulgados, semana finda, pelo Gabinete Provincial de Combate à Corupção (GPCC) que garante ter sido provado o seu envolvimento em esquemas de cobranças ilícitas a funcionários que pretendiam fazer a mudança de carreira naquele distrito.
Sem revelar o motante exacto que o grupo terá se apoderado ilicitamente, o porta-voz do gabinete em Sofala, João Chaua, revelou que no mesmo processo estão também envolvidos outros três funcionários superiores daquele distrito, que com ela formavam o quarteto que chantageava e cobrava valores monetários aos candidatos à progressões e promoções.
Registado com o número 49/0701/P/GPCCS/18, o processo foi autuado no ano passado e foi já remetido ao tribunal distrital de Dondo, no dia 30 de Setembro último, estando-se, neste momento, a espera da marcação do julgamento pelo juiz da causa. Três dos quatro arguidos aguardam julgamento em liberdade.
“Trata-se de um caso em que um administrador distrital, da província de Sofala e alguns funcionários teriam preterido das normas que regem os concursos públicos de promoções e mudanças de carreira, no sector da educação, para beneficiar certos funcionários em detrimento de outros”, disse Chaua a jornalistas.
Antes de ser detida, a antiga governante, tará sido tranferida, logo depois de despoletar o escandalo, para o distrito de Namacura, na Zambézia onde exerceu as mesmas funções por alguns meses. No seu lugar foi indicado José Mutorona.
Detidos 24 funcionários público no centro do Pais
No entanto, para além deste processo que envolve a antiga administradora, o GCCC, ao nel da zona centro do país, tramitou nos últimos três meses do ano em curso, 79 processos, contra 98 de igual período do ano anterior, o que corresponde a uma redução de dezanove casos, equivalente a 80.61%, dos quais 13 entrados e 66 transitados.
Em conexão com estes casos, pelo menos 24 funcionários públicos, entre eles magistrados, gestores, polícias e agentes de serviços foram detidos nos últimos três meses do ano em curso, acusados de corrupção.
Segundo João Chaua, trata-se de funcionários públicos de diferentes sectores de trabalhos, que foram detidos, alguns dos quais em flagrante delito. Compulsados os casos de corrupção ao nível da desta região, totalizam um prejuízo ao governo de mais de 16 milhões de meticais.
Grosso número de pessoas com processos ao nível da região centro são agentes da PRM do departamento da Policia de Transito e magistrados.
Entretanto registou-se uma redução quando comparado com igual período do ano passado. Em 2018 foram registados 98 casos, contra 79 deste ano.
Neste caso, o porta-voz do gabinete, João Chaua, diz que estão em curso mais investigações contra polícias corruptos e que há “investigadores no terreno para criar situações de flagrante delito”.
“O Governo tem reforçado o combate à corrupção, mas os automobilistas não estão muito confiantes. A cada dia que passa, fala-se de combater a corrupção, mas parece que está ainda a aumentar. Não estou a ver a diferença, cada vez mais as coisas estão a piorar”, lamentou.
Fonte: Dossier & Factos