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Da Vinci pode ter deixado um outro clássico

Leonardo da Vinci, um dos mais notáveis nas artes plásticas, pode ter deixado mais uma obra-prima para a humanidade. A obra, um desenho a carvão, conhecida como  “Monna Vanna” que foi atribuída ao estúdio do mestre italiano, está sendo chamada de “Mona Lisa nua”, por ser bastante semelhante à “Mona Lisa”, mas em uma versão nua.

Inicialmente, o desenho foi originalmente atribuído a Leonardo da Vinci quando foi comprado pelo duque de Aumale, em 1862, por 7 mil francos, uma quantia substancial na época.

Mais tarde, os especialistas tiveram dúvidas sobre a autoria e concluíram que era mais provável que o desenho tinha sido feito por algum membro do estúdio do artista.

Monna Vanna, a esquerda, e Mona Lisa do pintor florentino, a direita.(a direita). 

“O quadro Monna Vanna pode vir a ser do clássico, Leonardo da Vinci. A data prevista para esclarecer a identidade do autor da pintura é daqui há dois anos.”

Monna vanna, ou Mona lisa nua pertence, desde 1862, à enorme coleção de arte renascentista do Museu Condé, no Castelo de Chantilly, ao norte da capital francesa.

Passado centenas de anos, mais de 10 especialistas estudaram cuidadosamente o desenho nas últimas semanas, usando uma variedade de scâneres e outros métodos científicos. Suas investigações se concentraram em averiguar se o desenho foi feito antes ou depois da Mona Lisa, que foi pintada após 1503.

Os curadores do museu acreditam, após um mês de testes no Louvre, que o “desenho é, pelo menos em parte”, de Da Vinci. “O desenho tem uma qualidade na forma. O modo como o rosto e as mãos foram executados que é realmente notável. Não é uma cópia inferior”, disse o conservador Mathieu Deldicque à AFP.

“Estamos olhando para algo que foi trabalhado em paralelo com a Mona Lisa, no final da vida de Leonardo. É quase certamente um trabalho preparatório para uma pintura a óleo”, afirmou, sugerindo que o desenho está intimamente ligado à Mona Lisa.

O especialista em conservação do Louvre Bruno Mottin confirmou que o desenho data da época em que Da Vinci viveu, no início do século XV, e que era de uma “qualidade muito alta”. Testes já revelaram que não se trata de uma cópia de um original perdido, disse o especialista ao jornal “Le Parisien”. Ele observou, no entanto, que todos devem “permanecer prudentes” sobre a atribuição definitiva a Da Vinci, que morreu na França em 1519.

A data prevista por Mottin para a equipe do museu esclarecer a identidade do autor da pintura é em até dois anos, a tempo para uma exposição no Chantilly que lembrará o 500º aniversário da morte de Leonardo da Vinci.

Leonardo da Vinci (1452-1519) foi pintor italiano. “Mona Lisa” foi uma das obras que o notabilizou. Foi também escultor, arquiteto, matemático, urbanista, físico, astrônomo, engenheiro, químico, naturalista, geólogo, cartógrafo, estrategista e inventor italiano. Um dos maiores nomes do Renascimento. Sua obra, de uma grande diversificação, é toda marcada pela genialidade. Sua figura humana aproximou-se como nenhuma outra daquele imaginário Homem Universal, o ideal da época renascentista. Embora genial em diversos campos, foi na pintura que se notabilizou com verdadeiras obras-primas, como o retrato de “Mona Lisa”, a “Última Ceia”, “Anunciação”, e a “Virgem dos Rochedos”

Fonte: Globo

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