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China “volta” ao lockdowm: e entre fechar e manter semiaberto, governo moçambicano poderá não ter escolhas.

(Maputo, 24/ 05/ 2020) Numa comunicação a nação, no dia (15/05), para avaliar a primeira quinzena da prorrogação do estado de emergência em curso até 30 de Maio corrente, o Presidente da República, Filipe Nyusi, criticou a postura de alguns cidadãos que não observam o estado de emergência, comportando-se como se o país e o mundo não estivessem a enfrentar um problema sanitário grave.

Na ocasião, Filipe Nyusi, considerou as duas semanas seguintes como decisivas, e que poderão ditar se o governo alivia ou decreta o nível quatro, mas deixou claro que o cenário não é dos melhores na medida em que parte dos moçambicanos, incluindo algumas confissões religiosas, não cumpre com as medidas de prevenção.

Entretanto, numa entrevista à televisão RTP África, o especialista em saúde pública, Hélder Martins, disse ser contra o confinamento total, o vulgo lockdown, porque “as condições de vida socioeconómicas obrigam parte dos moçambicanos a sair de casa todos os dias e o governo não tem capacidade de assistência”. Hélder Martins considera que o pico da doença será nos próximos dois a três meses.

São cenários considerados preocupantes para os moçambicanos, sobretudo quando da China chegam notícias de que algumas cidades do noroeste são focos de preocupação e as autoridades decretam o lockdown.

A tensão subiu após 34 pessoas serem contaminadas pelo coronavírus nas últimas duas semanas, na província de jilin, que faz fronteira com a Rússia e Coreia do Norte.

De acordo com o jornal inglês The Guardian, a cidade, com cerca de 700 mil habitantes, teve todos os locais públicos fechados e o transporte público paralisados.

As medidas são parecidas com as que foram implementadas em Wuhan, epicentro da pandemia, que permaneceu em uma quarentena rigorosa por mais de dois meses, encerrada apenas no início de Abril.

Texto: Muita Ciência e Tecnologia

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