O Presidente Moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje, segunda-feira, que o número de óbitos por consequência da passagem do ciclone IDAI, caracterizado por chuvas torrenciais e ventos fortes, poderá ultrapassar 1,000.
Em comunicação a nação moçambicana, feita a partir da Presidência da República, em Maputo, Filipe Nyusi descreveu a situação como grave.
“As águas dos rios Púnguè e Búzi (com nascente no centro do país) transbordaram, fazendo desaparecer aldeias e isolando comunidades. No sobrevoo vê-se corpos a flutuar. É um desastre humanitário de grandes proporções”, disse o Presidente.
Nyusi disse que a preocupação do Governo é de salvar vidas humanas, sem acusações nem desculpas.
“O ciclone IDAI deixou a região sem água potável, comunicações, para além de ter afectado o funcionamento normal dos hospitais, escolas e demais instituições públicas e privadas”, disse ele.
Segundo o Presidente as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão no terreno para ajudar nas buscas, através de meios aéreos e marítimos em parceria com outras forças congéneres.
“Com vista a assegurar a rápida assistência humanitária, o governo mobilizou vários meios aéreos – helicópteros e aviões, que ainda esta segunda-feira seguirão à cidade da Beira. Foi igualmente mobilizado um navio cargueiro para seguir ao porto da Beira nos próximos dias”, disse ele.
O cenário, descrito como dramático, obrigou o partido no poder a adiar a reunião do comité central para a eleição do candidato para as eleições presidenciais de Outubro, que estava agendado para o dia 22, sexta-feira.
“Esperamos que a sessão do Governo, amanhã na Beira, tome decisões que vão ao encontro das necessidades do povo com vista a mitigar e definir os processos seguintes”, disse ele.