Centenas de funcionários foram despedidos nos postos de trabalho por causa da COVID-19 – pandemia que teve registo de primeiro caso de confirmação no país em Março deste ano. Desde lá (Março), até ao momentro, o vírus destruiu acima de 90% das receitas do sector, o que trouxe danos consideráveis na área de emprego e abalou a condição de vida de milhares de moçambicanos. Este dado foi apresentado pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, em Maputo, no domingo (27 de Setembro) na sequência do dia Mundial de Turismo.
‘’ Para o caso do nosso país, (devido a COVID-19) o encerramento das nossas fronteiras que originou a diminuição acentuada do movimento de turistas, o funcionamento condicionado dos estabelecimentos turísticos, de entre outras, causou a diminuição de receitas do sector em mais de 90 %, assim como a perda de centenas de postos de trabalho por parte dos nossos compatriotas’’, disse Carlos Agostinho do Rosário, na Reserva Especial de Maputo, distrito de Matutíne.
As celebrações de este ano têm como lema: “Turismo e Desenvolvimento Rural”, pensado como uma forma de reconhecimento da importância que o sector tem na dinamização do desenvolvimento da economia, principalmente das comunidades rurais.
‘’Este ano, celebramos o Dia Mundial do Turismo com grandes desafios para o sector por causa pandemia da COVID-19’’, reconheceu.
Para fazer face a esta realidade, Carlos Agostinho do Rosário avançou que o Governo tomou várias medidas de apoio visando mitigar os impactos negativos do novo coronavírus, tendo sempre presente a necessidade de se manter o equilíbrio entre a prevenção, o combate da COVID-19 e a retomada gradual da nossa economia.
No domínio social, alargamos o apoio social regular aos beneficiários dos programas de assistência social, que inclui subsídio social básico. Introduzimos o programa de financiamento de micro-negócios com objectivo de assistir as famílias cujas actividades de geração de rendimentos foram afectadas pelo impacto do coronavírus, de modo a reiniciarem os seus negócios.
No domínio da economia, tomamos medidas de carácter monetário e fiscal com vista a, de entre outros objectivos, aliviar a tesouraria das empresas, autorizando o diferimento do período de pagamento do Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas (IRPC) referente a 2020 para o exercício económico 2021.