O Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, demitiu o seu vice-presidente, Emmerson Mnangagwa, anunciou o governo de Harare esta segunda-feira.
Emmerson Mnangagwa era apontado como um dos possíveis sucessores do actual presidente.
“O excelentíssimo Presidente Mugabe exerceu o seu poder para exonerar, com efeito imediato, o honorável vice-presidente Mnangagwa das suas funções”, disse o ministro da Informação, Simon Moyo, acrescentando que Mnangagwa cometeu um crime de “deslealdade”. “O vice-presidente apresentou sistemática e constantemente falta de lealdade, desrespeito, desonestidade e falta de seriedade”, explicou.
A demissão ocorre numa altura em que a guerra pela sucessão do Presidente de 93 anos se intensifica, apesar de Mugabe já ter anunciado que se candidatará a um novo mandato em 2018.
A decisão de Mugabe surgiu na sequência de um fim-de-semana muito intenso em Harare, com acusações de tentativa de envenenamento do Presidente a surgirem de todos os sectores. O vice-presidente tinha tecido críticas ao comportamento do Presidente que, finalmente, clarificou o jogo: ao despedir Mnangagwa, indica que quer que seja a sua mulher a suceder-lhe.
Mnangagwa, de 75 anos, apelidado de “crocodilo”, foi nomeado vice-presidente em 2014, sucedendo a Joice Mujuru, que foi afastado depois de Grace Mugabe ter lançando uma campanha acusando-o de conspirar contra o marido, que está no poder desde 1980.
Fonte: Público/DW