Seiscentas mil pessoas em risco de ser atingidos por ciclone tropical

Governo poderá decretar o alerta vermelho esta terça-feira durante a sessão ordinária do Conselho de Ministro para flexibilizar a assistência humanitária para as vítimas.

O Governo deverá decretar esta terça-feira, em Conselho de Ministro, um alerta vermelho para as regiões centro e norte do país na sequência da aproximação do ciclone tropical Idai que se espera atinja a zonas na sexta-feira. A medida visa flexibilizar a assistência humanitária para as vítimas, através de mobilização de meios de salvamento de pessoas e a retirada compulsiva daquelas que se recusam a abandonar as zonas de risco.

O Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades, um fórum presidido pelo Primeiro-Ministro, revelou ontem, num encontro com os parceiros de cooperação, especificamente, agências das Nações Unidas e União Europeia, que cerca de 600 mil pessoas estão a risco de ser atingidos pelo ciclone, cujos ventos poderão atingir uma velocidade de 180 a 200 quilómetros por hora acompanhados de chuvas na ordem de 200 a 300 milímetros em 24 horas.

O director-geral do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Adérito Aramuge, disse que o ciclone entrará pela província central de Sofala e atingira as províncias de Manica, Tete, e Zambézia, no centro, e ainda Nampula, Niassa e Cabo Delgado.

A região centro está a ser fustigada por inundações que já causaram a morte de mais de uma dezena de pessoas e desalojaram dezenas de famílias, que foram obrigadas a recolher para os centros de acomodação.

Só na província da Zambézia, de acordo com directora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), foram abertas 15 centros de acomodação que albergam 6.542 vítimas, em Tete, o único centro aberto acomoda 3.110 pessoas. Estes números poderão subir, uma vez que a região continua a registar intensas chuvas.

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