Na sessão do Conselho de Ministros desta terça-feira o Governo também apreciou os resultados preliminares da Avaliação da Segurança Alimentar no período pós-choque de 2025. Embora detalhes concretos não tenham sido divulgados, o contexto de crise, com choques climáticos, instabilidade política e flutuações económicas, deixa claro que a insegurança alimentar continua a ameaçar milhões de moçambicanos.
A criação de linhas de financiamento e fundos de recuperação económica é um passo positivo, mas analistas questionam se essas medidas chegam de forma eficaz e célere aos mais vulneráveis. As regiões afetadas por terrorismo e desastres naturais, como Cabo Delgado e zonas atingidas pelos ciclones Dikeledi e Jude, continuam dependentes de ajuda humanitária.
Enquanto o discurso oficial enfatiza “melhoria na estabilidade macroeconómica”, o prato de muitas famílias continua vazio. A distância entre os indicadores macro e a realidade micro permanece gritante.