Os parques e reservas moçambicanos precisam de mais 1.300 fiscais para combaterem a caça furtiva de forma efectiva, disse esta terça-feira o director dos Serviços de Protecção e Fiscalização da Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC), Carlos Lopes.
Segundo Lopes, que falou à imprensa por ocasião do Dia Internacional dos Fiscais da Floresta e Fauna Bravia, o número actual do pessoal é muito reduzido, cabendo a cada fiscal controlar uma área de 315 quilómetros quadrados contra 50 quilómetros de área recomendável.
“Actualmente temos 1.200 fiscais em 14 reservas e parques naturais no pais, mas são necessários 2500 fiscais para melhor controlo da situação da caça furtiva”, disse ele.
Carlos Lopes disse que os abates de animais como elefantes e rinocerontes estão a ser feitos a um ritmo acelerado, e agravada pela falta de recursos para fiscalização.
De acordo com o governo moçambicano mais de 10.000 armadilhas foram desmanteladas, 200 armas recuperadas e acampamentos destruídos por fiscais em áreas de conservação, em 2017.
Uma parte de caçadores furtivos encontrados em reservas moçambicanas vem da Tanzânia e Zimbabwe, e muitas vezes com melhores armas em relação aos fiscais.
Este ano é a primeira vez que o Dia Internacional dos Fiscais de Conservação é celebrado em Moçambique, embora a data tenha sido criada há sete anos.