Os pontos “milagrosos” de Lineu Candieiro para o tecido económico do País

Eleições na CTA

Ontem arrancou oficialmente a Campanha dos candidatos à presidência da CTA nas eleições marcadas para 14 de Maio. Durante sete dias os candidatos deverão usar as melhores ferramentas que dispõem, exibindo o melhor de si, na disputa dos  aproximadamente 200 votos vindo de todo o território através de Associações e Confederações dos empresários do País. os próximos dias poderão responder quem vai substituir Agostinho Vuma. Lineu Candieiro abriu a campanha, presencialmente, em Maputo e , através de plataformas digitais, em todo País especialmente na Beira. Diante do seu público prometeu unir os empresários, criar estratégias eficientes e eficazes para recoser o tecido económico do território.

Lupa News fez uma viagem pelo manifesto do candidato Lineu de onde mapeou  as grandes áreas do País que o candidato quer catapultar na liderança da CTA. O Sector da Agricultura aparece no “cimo” das prioridades.

“O acesso ao financiamento tem sido a maior preocupação neste sector. Como forma de colmatar as dificuldades de obtenção de crédito, comprometemo-nos a  negociar com seguradoras e outras instituições financeiras de modo que possam abrir linhas de garantias de créditos às MPME e acabarmos desta feita, com o pensamento de que a agricultura é um sector de risco.”

Ainda no referente a agricultura, pretende-se, igualmente, promover a transformação local, consistindo na atracção de investimentos para a instalação de pequenas unidades de processamento de produtos de rendimento mais procurados nos principais mercados de consumo.

O sector do Comércio, Indústria e Serviços constitui outra grande área na lupa do manifesto. “Desde a independência a contribuição da indústria para o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu de 10 por cento em 1975para 7 por cento em 2023, uma queda alarmante que reflecte desafios significativos”, refere o manifesto, que na mesma linha continua, “o desaparecimento de indústrias-chave, como alimentos, calçados, e borrachas transformou Moçambique em um “supermercado” de produtos acabados, importados.”

Tendo em conta o cenário da indústria actual acima partilhado, “o nosso foco será de influenciar a eliminação dessas barreiras e promover a produção de matérias-primas para a redução dos cursos de produção e consequentemente o preço ao consumidor.”

Energia e Recursos Minerais é outra área com grande presença no manifesto de Candieiro: “O acesso limitado a energia eléctrica em zonas rurais e a fraca qualidade nas zonas urbanas continua a minar o ambiente de negócio em vários segmentos empresariais, ditando até a desistência pelo investimento por parte das empresas nacionais e estrangeiras.”

A percepção do candidato Lineu é de que deve haver um compromisso com os sectores produtivos. “Por isso, vamos advogar pela melhoria da qualidade de energia e expansão da rede para as zonas de maior produção susceptíveis de instalação de unidades fabris. Não podemos lutar para o alargamento de investimento ao longo  do País se as condições de fornecimento de energia não estiverem criadas.”

O Turismo aparece também como uma das grandes apostas do candidato, que reconhece a crise do sector, agudizada pelas manifestações depois das eleições gerais: “dado aos impactos nefastos da tensão pós-eleitoral, vamos advogar junto do Governo, pelo reforço de segurança nas zonas turísticas e promover o reinvestimento através do financiamento com taxas bonificadas para revitalizar os empreendimentos do sector.”

Ainda sobre o sector do turismo, adicionalmente, “vamos promover campanhas de marketing para atrair turistas internacionais e apostarmos na construção de infraestruturas turísticas sem deixar de lado o investimento no transporte e serviços de qualidade.”

O sector de transportes e logística aparece igualmente como uma das prioridades de Lineu Candieiro na Liderança da CTA. “Como uma das formas de revitalizar este sector de extrema importância para o desenvolvimento do tecido empresarial, pretendemos dialogar com o Governo para a reabilitação das principais redes de transporte que se encontram danificadas, com maior enfase para a EN1.”

Ainda no contexto de revitalização, no sector logístico a próxima CTA pretende conversar com o Governo para investir nos corredores logísticos de transporte dado que estes são as principais vias de acesso para os países da Interland.

A Construção e Infraestrutura aparece como um dos sectores prioritário tendo como uma das propostas que propõe discutir junto do Governo a questão da reforma e simplificação dos procedimentos de importação de matéria-prima e equipamento de construção, introdução de programas de certificação não onerosas para as MPME nacionais, negociação para a possibilidade de reembolso de IVA.

“Como forma de revitalizar e criar sustentabilidade do sector e das empresas de construção nacionais, pretendemos advogar junto do Governo, que se crie leis que obriguem as grandes empresas de subcontratarem as MPME nacionais como prestadores de serviços em grandes projectos de construção.”

A liderança de Lineu Candieiro na CTA pretende influenciar o Governo na criação de leis ou na imposição de barreiras que impeçam a importação de equipamentos específicos de construção, promovendo desta forma a produção de materiais e equipamentos de construção a nível nacional.  Lupa News

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