Nova Democracia Indignada: “moçambicanos disputam água turva com gado”

Em um comunicado, nesta segunda-feira, enviado a nossa redacção o partido Nova Democracia(ND) tem a consciência do velho ditado  “sem água não há vida” para, seguidamente, sublinhar que cerca de 15 milhões de moçambicanos não têm acesso a água potável. “As populações excluídas têm de disputar as águas turvas dos rios com o gado e com os animais ferozes.”

Segundo o partido é de arrepiar o cabelo diante do sofrimento dos moçambicanos que consomem águas turvas e contaminadas; preparam os seus alimentos com um líquido imundo e cheio de enfermidades; recorrem às águas turvas dos rios para fazer cuidados pessoais e limpeza dos utensílios domésticos; percorrem quilómetros a pé e com vasilhas pesadas na cabeça à procura de água para o consumo.

Ataca o  governo que “é alérgico ao bem-estar do seu povo, a gestão dos recursos hídricos é degradante. Os sistemas públicos de abastecimento de água são projectos abandonados. As fontes de água foram contaminadas por resíduos sólidos, resíduos químicos e águas negras”, não só.

 Os rios, furos e poços “estão totalmente poluídos e exalam náuseas, devido à falta de manutenção periódica. Inclusive nas grandes cidades do País, o acesso à água potável continua restrito. O FIPAG não tem capacidade de abastecimento devido às suas infraestruturas degradadas, escassa cobertura populacional, serviços irresponsáveis, abastecimento irregular e questionável qualidade de água.”

Como o referido resultado da insensibilidade governativa, “as populações padecem por desidratação. São dizimadas por doenças diarreicas, parasitárias e infecções da pele e chagas intestinais. As crianças têm um crescimento defeituoso e uma cognição limitada. A qualidade de vida das famílias é insalubre e desumana. As populações vivem em condições precárias que dependem da chuva para beber água potável, porque o governo está focado no poder e não na miséria do povo”.

no comunicado, a Nova Democracia exprime por escrito o clamor de cerca de 15 milhões de moçambicanos excluídos pelos serviços públicos de abastecimento de água, para exigir veementemente o papel obrigatório do governo de modo a priorizar a saúde e o bem-estar do seu povo desidratado, pois, “sem água não há vida”.

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