Um avião da Ethiopian Airlines com 157 pessoas, 149 passageiros e oito membros da tripulação, despenhou-se este domingo a caminho de Nairóbi, a capital do Quénia. “Não há sobreviventes,” confirmou o Director de Comunicações Corporativas da Ethiopian Airlines, Asrat Begashaw, à emissora estatal da Etiópia.
Uma testemunha que se encontrava no local na altura de queda, disse à BBC que a explosão e o fogo eram demasiado fortes para alguém conseguir chegar perto do acidente. “Está tudo queimado. Os bombeiros chegaram por volta de 11h0 e o acidente aconteceu por volta de 8h00, hora local.
No Twitter, o primeiro-ministro da Etiópia foi o primeiro a confirmar a queda do avião. “O Gabinete do Primeiro Ministro, em nome do governo e do povo da Etiópia, gostaria de expressar as mais profundas condolências às famílias daqueles que perderam os seus entes queridos no Boeing 737 da Ethiopian Airlines num voo regular para Nairobi, no Quénia, esta manhã”, disse Abiy Ahmed.
Em comunicado, a companhia confirmou que o avião perdeu contacto com a torre de controlo às 8h44 (hora local). “Neste momento, as operações de busca e salvamento estão em andamento e não temos informações confirmadas sobre sobreviventes ou possíveis vítimas. Os trabalhadores da Ethiopian Airlines serão enviado para o local do acidente e farão todos o possíveis para ajudar os serviços de emergência”, garantiu a Ethiopian Airlines.
“A Ethiopian Airlines está a estabelecer um centro de informações sobre os passageiros e uma linha de telefone está disponível em breve para as famílias ou amigos daqueles que poderiam estar a bordo do voo ET 302/10 Março”, acrescenta ainda a companhia aérea.
Através do Twitter, a companhia aérea já disponibilizou dois números de telefone para a linha de emergência do aeroporto e outros quatro para “todas as informações necessárias”. Em sinal de luto, também no Twitter, a companhia alterou para preto as cores do logótipo da empresa que antes eram verde, amarelo e vermelho.
O voo ET 302, uma rota habitual entre os dois países vizinhos, despenhou-se perto da cidade de Bishoftu, a 62 quilómetros a sudeste da capital do país. Para já, ainda não são conhecidas as causas do acidente.
A companhia aérea pertence ao estado e é uma das maiores transportadoras do continente em termos de números da frota. Em 2018, a Ethiopian Airlines afirmou que esperava transportar 10,6 milhões de passageiros nesse ano. O maior acidente da companhia aconteceu em Janeiro de 2010, quando um voo com origem em Beirute caiu logo depois a descolagem com 90 passageiros a bordo.
A queda aconteceu numa altura em que o primeiro-ministro do país, Abiy Ahmed, tinha prometido que ia abrir o sector aéreo a investimentos estrangeiros.