Moçambique registou durante o primeiro trimestre deste ano 25 mortes por malária contra 16 registadas durante o mesmo período de 2017, anunciaram as autoridades moçambicanas de saúde esta segunda-feira, 18, em Maputo.
Essa subida ocorre numa altura em que o número de casos da doença tem tendência a baixar.
De acordo com os dados revelados pela médica da Direcção de Saúde da Cidade de Maputo, Abélia Xerinda, durante a capacitação de matéria de manejo de casos de malária em Moçambique, o país registou uma redução de casos de malária em 16 porcento, o equivalente a cerca de 11.000.
“Para reforçar as medidas de prevenção para evitar as mortes, estamos a distribuir redes mosquiteiras e a pulverizar as casas e estamos também a introduzir o uso de medicamentos para mulheres grávidas”, disse.
Segundo Xerinda, a Cidade de Maputo foi a que apresentou mais redução de casos de malária a nível do país, mas devido as mortes que se registam vai se proceder com capacitação de clínicos, médicos especialistas e técnicos agentes de medicina.
“Apelamos as pessoas a seguir o tratamento até ao fim. Esta medida evita a transmissão da doença para outras pessoas”, disse, acrescentando que o número de mortes está relacionado com o abandono de tratamento.
Em Moçambique, as redes mosquiteiras, distribuídas gratuitamente, ainda não alcançam grande parte da população que vive em zonas rurais e com fraca rede sanitária e ainda persiste a prática por parte de população de usar esse material para a pesca.
A malária é uma das principais causas de morte em crianças e mulheres grávidas em Moçambique, apesar de diversos fundos terem sido disponibilizados para combater a doença.