Mais de oito milhões de malianos vão às urnas neste Domingo, 29 de Julho, para votar para as eleições presidenciais, enfrentando a ameaça de ataques terroristas, apesar dos cinco anos de presença militar internacional no país.
As urnas abriram às 08:00 horas (locais) e serão encerradas às 18:00 horas (locais).
Os primeiros resultados são esperados nas próximas 48 horas e os resultados oficiais para 03 de Agosto, havendo a possibilidade de uma segunda volta a 12 de Agosto.
Os habitantes de Mali, localizado na África Ocidental, contando com cerca de vinte etnias, poderão reeleger o Presidente Ibrahim Boubacar Keïta, de 73 anos, ou eleger um dos seus 23 adversários, entre os quais, o líder da oposição Soumaïla Cissé ou ainda a única candidata mulher, Djeneba N’Diaye.
A comunidade internacional, presente militarmente com a força francesa Barkhane, que assumiu a operação Serval, lançada em 2013 contra os insurgentes e com as forças de paz da ONU, espera do vencedor das eleições uma revitalização do acordo de paz assinado em 2015 pelo Governo e pelos ex-insurgentes, dominados pelos tuaregues, cuja aplicação acumula atrasos.
São as segundas eleições Presidenciais depois do golpe de estado de 2012 que lançou Mali numa crise política.
O actual Chefe de Estado, Ibrahim Boubacar Keita, foi eleito há cinco anos e espera conseguir um novo mandato, mas a fraca economia e a violência no país poderão ditar uma mudança no poder.
23 candidatos tentam retirar Keita da Presidência, mas apenas um, Soumaila Cissé, é visto como um adversário capaz de o derrotar.
À medida que a data da votação se aproximava, aumentava a tensão política e os avisos de uma possível fraude eleitoral subiam de tom.
Soumaila Cissé foi peremptório: “Temos um Presidente que faz batota, temos um Governo batoteiro. É preciso que as pessoas saibam e tirem as suas conclusões”.
Mali é um dos países pior classificado no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, apesar de ser o terceiro maior exportador de ouro de África e um grande produtor de algodão.
Fontes: Notícias ao Minuto e Euronews