Ao fim de 47 anos de carreira na política norte-americana, Joe Biden foi eleito, último sábado, 7 de Novembro, o Presidente dos Estados Unidos da América, em uma nação profundamente dividida. Os estadunenses votaram na terça-feira passada, 3 de Novembro.
Biden chegou à nomeação presidencial pelos democratas no presente ano de 2020 depois de duas tentativas falhadas no passado, uma em 1988 e outra em 2008.
Joe Biden foi o candidato mais velho de sempre e é o mais velho de sempre a alcançar a Presidência dos Estados Unidos da América, com 77 anos, oito dos quais foi vice-presidente de Barack Obama (2009-2017).
Neste ano, Joe Biden conseguiu o número mágico de 273 grandes eleitores, de um mínimo de 270 para assegurar a presidência, depois de vencer na Pensilvânia, com uma grande ajuda dos votos por correspondência. Trump tornou-se no 11.º Presidente dos EUA a não conseguir ser reeleito para um segundo mandato.
Da lista de propostas da campanha de Biden fizeram parte a gratuidade dos testes para a covid-19, a legalização dos emigrantes ‘dreamers’, as baixas remuneradas de parentalidade ou doença e o aumento do salário mínimo para 15 dólares (12,8 euros) à hora, mais do dobro dos atuais 7,25 dólares.
Defendeu ainda a extensão da cobertura dos serviços de saúde, e o aumento, para 39,6%, do imposto cobrado aos cidadãos com mais rendimentos.
Nascido na Pensilvânia em 1942, no seio de uma família católica, Biden adotou Delaware como sua casa quando se mudou para lá com a família em 1953.
Antes disso, Biden formado em História e Ciência Política na Universidade de Delaware e depois em Direito na Universidade de Syracuse tinha exercido advocacia durante três anos. Já nessa altura a sua ambição era chegar à Presidência.
Mas o seu percurso profissional foi afectado pela tragédia pessoal, quando a então sua mulher, Neilia Hunter, e a filha de um ano morreram num acidente de automóvel, apenas semanas após a eleição para o Senado. Os outros dois filhos, Beau e Hunter, ficaram feridos, mas sobreviveram.
Cinco anos depois, Joe Biden casou com Jill Jacobs e o casal teve uma filha em 1981, o que permitiu ao político recuperar a estabilidade pessoal.
Condecorado em 2017 com a Medalha Presidencial da Liberdade, com Distinção, o maior grau de distinção civil, o candidato é responsável pela criação da Fundação Biden, o Centro Biden de Diplomacia da Universidade de Pensilvânia, a Iniciativa Biden para o Cancro e o Instituto Biden da Universidade de Delaware.
Várias destas iniciativas estão ligadas a outra tragédia pessoal, depois de o seu filho mais velho, Beau, ter morrido de cancro no cérebro em 2015, aos 45 anos. O próprio Biden sofreu dois aneurismas nos anos 1980 e teve de ser operado ao cérebro.
Fonte: Notícias ao Minuto e Euronews