Cinco pessoas morreram e quatro são dadas como desaparecidas em consequência das cheias nas províncias de Zambézia e Tete, centro de Moçambique, informaram neste sábado as autoridades sanitárias locais.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), o número de famílias desalojadas subiu para 2.000 e mais de 1.400 casas foram totalmente destruídas pelas chuvas.
“Algumas das vítimas foram surpreendidas pelas paredes das suas casas que desabaram sobre elas e outras foram arrastadas pelas águas das chuvas enquanto procuravam refúgio”, disse Horácio Zacarias, delegado do INGC na Zambézia em declarações à Rádio Moçambique.
“A situação é dramática, vamos ficar no terreno a prestar toda a assistência possível”, disse Horácio Zacarias, garantindo que a ajuda alimentar, tendas e outros meios de salvação estão a ser encaminhados para os locais afectados.
Imagens exibidas pela Televisão de Moçambique, mostram um cenário assustador nas duas províncias, casas e centros de negócios completamente submersos e as pessoas sobre os tectos de suas residências, clamando por ajuda.
O presidente da República (PR), Filipe Nyusi, que está de visita de trabalho à província de Gaza desde sexta-feira, solidarizou-se com as famílias das vítimas.
“Podem ver, precisamos socorrer os nossos irmãos sem abrigos, medicamentos e alimentos porque ficaram com as casas destruídas”, disse o PR.
Nyusi mencionou, neste sábado, durante um comício em Gaza, que cinco bairros da província de Tete estão debaixo da água.
“As pontes e estradas foram interrompidas pelas águas, dificilmente pode-se atravessar para outros lugares. Mas acredito que as autoridades sanitárias vão conseguir encaminhar ajuda necessária”, disse o presidente.
Desde que iniciou a época chuvosa, sexta-feira foi um dia fatal para os habitantes de Tete e Zambézia. A chuva encheu os rios e estes transbordaram em direcção a residências e a vias de acesso.