Governo Moçambicano apreende 750 toneladas de fluorite estimado em cinco milhões de meticais

Em Sofala

O Governo moçambicano, através do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), apreendeu 750 toneladas de fluorite extraída de forma ilegal. A  operação realizada Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia (IGREME) na província de Sofala, após uma denúncia feita por cidadãos locais. Caso o produto tivesse sido exportado, estima-se que o Estado teria sido lesado em aproximadamente cinco milhões de meticais.

As investigações preliminares indicam que o mineral terá sido ilegalmente explorado nas províncias de Sofala, Manica e Tete, e encontrava-se em fase de preparação para exportação.

O Inspector-Geral do MIREME, Grácio Cune, avançou que decorrem  avaliações técnicas e laboratoriais para determinar a qualidade e composição química da fluorite apreendida, o que poderá elevar o seu valor comercial. O produto será posteriormente colocado em hasta pública, conforme os procedimentos legais em vigor.

A operação faz parte de um conjunto de acções coordenadas pelo MIREME para desencorajar práticas de mineração ilegal em todo o território nacional. O Ministério tem vindo a reforçar as acções de fiscalização, em colaboração com as autoridades locais, forças de segurança e comunidades, tendo como objectivo salvaguardar os recursos do país e proteger as receitas do Estado.

O Inspector-Geral reconheceu, contudo, que a fiscalização continua a enfrentar desafios estruturais, entre eles a vandalização de postos de controlo durante manifestações violentas, o que tem dificultado o controlo da circulação de minerais em algumas regiões.

A fluorite é um mineral de elevado valor económico, com diversas aplicações industriais e terapêuticas. Na indústria, é utilizada na produção de aço, alumínio, ligas metálicas, zinco e magnésio. Em contextos terapêuticos e tradicionais, é considerada uma pedra com propriedades que promovem a cura e o equilíbrio emocional.

O MIREME reitera o seu compromisso de reforçar a fiscalização, melhorar os mecanismos de rastreio e estimular a formalização da mineração artesanal, promovendo um sector mineiro mais justo, transparente e sustentável.

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