O Presidente das Associação Comercial da Beira (ACB), Félix Machado, foi muito contundente com o processo eleitoral na Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que decorre em volta de problemas de diversas raízes, incluindo o de candidatos que não querem largar a candidatura mesmo.
“Como têm capacidade financeira de pagar, regularizar as cotas, são esses que se tornam presidentes da CTA. Mas é triste porque lutar daquela forma. Mas qual é o benefício? Benefício? Muita gente, vocês já sabem, muita gente já disseram isso tanto na televisão que a maioria das pessoas que estão lá são lobistas. E é correto”, sublinhou, Féliz Machado.
“Muita gente quer estar aí para estar perto do presidente, para viajar ao lado do presidente, ver oportunidades. (4:43) Não é trazer oportunidades para os empresários a nível nacional. (É ir buscar oportunidades para si e vender essas oportunidades. É isso que você precisa procurar. (4:53) Porque nós vamos ver outra luta para além disso. Provavelmente também para poder gerir fundos da USAID que aí aparecem”, destapou Machado sobre os benefícios que se podem obter na CTA.
Sobre o processo eleitoral e o desenvolvimento relacionado à candidatura da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) encabeçado pelo Álvaro Massingue, o mesmo que nas eleições anteriores perdeu para Agostinho Vuma, a CTA retirou a candidatura nas presentes eleições de 2025 após a Confederação concluir o mesmo regularizou quotas de algumas associações em troca de voto.
Félix Machado continuou contundente nas suas críticas as eleições na CTA e sem mencionar nomes falou da família de famílias respeitadas mas que mesmo assim querem controlar o destino da Confederação o que passa por concorrer no processo eleitoral.
“Porque pessoas com dignidade, com suas empresas, com suas famílias, quando se sentem rejeitadas num processo ou acham que aquilo está errado, insistem naquele processo. Por quê?”
Está instalado o clima tenso e complexo que lembra os filmes de espionagem na CTA com a anterior de três dias que teve como um dos momentos a submissão de candidatura da Associação Comercial de Moçambique (ACM) encabeçada pela Maria Assunção. Sucede que Maria Assunção é também Maria Assunção Abdula, a esposa do empresário Salimo Abdula, que foi Presidente da CTA por dois mandatos seguidos e, posteriormente, presidente da Presidente da Mesa da Assembleia Geral também por dois mandatos seguidos. A quem olha para a candidatura de Maria Assunção como uma “estratégia de Putin”, que pode significar o retorno de Salimo Abdula à presidência CTA.
Depois da suspensão de Álvaro Massigue. Se tudo continuar como está, apenas dois candidatos nomeadamente Lineu Candieiro e Maria Assução Abdula vão disputar à presidência da CTA, com a campanha eleitoral oficial marcada para iniciar na próxima semana.