O país parou neste domingo para celebrar o Dia da Mulher Moçambicana em meio a luto e dor causado pelo ciclone Idai que devastou a região central do país nos meados de Marco, matando mais de 600 pessoas e desalojando mais de 1.500.000.
O dia 7 de Abril é anualmente comemorado como o Dia da Mulher Moçambicana, a data que constitui feriado nacional assinala a morte da heroína Josina Machel, antiga combatente do partido no poder para a independência.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, a quem coube dirigir as cerimónias centrais na Praça dos Heróis, em Maputo, destacou os estragos causados pelo ciclone Idai e enalteceu o apoio humanitário do país e do mundo inteiro.
“Este ano, comemoramos a data no país numa altura em que concidadãos nossos no centro se encontram em situação difícil e de dor provocado pelo ciclone Idai e inundações”, disse Nyusi.
O Presidente disse que muitas organizações, em particular da saúde estão a prestar assistência para evitar a eclosão de doenças como a cólera e malária.
“Juntaram-se aos nossos esforços nacionais, para resposta, de forma rápida depois do nosso apelo, muitos países estrangeiros e organizações internacionais humanitárias prestam-nos apoio”, disse Nyusi expressando gratidão.
“A nossa prioridade agora é a reposição dos serviços sociais básicos, estradas, energia, agua, comunicação, identificação de terrenos para o reassentamento das populações e avaliação de perdas e danos para facilitar o processo de recuperação e construção”, disse ele.
Nyusi continuou e disse que um gabinete de recuperação e reconstrução pós-calamidade da região centro do país vai ser montada na Beira, para de forma criteriosa dirigir o processo com as estruturas locais.
Há medidas específicas para reforçar a transparência e a fiabilidade das acções de apoio aos necessitados, disse ele, incluindo serviços de auditoria independente em organizações de apoio à emergência.
Segundo Nyusi, a transparência e auditoria vão evitar que haja desvio de fundos e doações às vítimas do ciclone Idai.
“Saudamos toda mulher moçambicana, exprimimos a nossa gratidão e admiração pela contribuição que dá para o progresso de todos nós”, disse o Presidente.
O governo tem-se empenhado muito para proteger milhares de crianças e mulheres vulneráveis que foram afectadas pelo ciclone Idai. São mulheres grávidas, camponesas e viúvas que perderam os seus poucos bens.
O lema deste ano é “Pensamos na igualdade, construamos com inteligência e inovemos para a mudança.”