Cassi Namoda, 33 anos de idade, integra um grupo de 26 artistas femininas de descendência africana cujas obras estão em exposição de hoje (terça-feira, 27) a 31 de Julho, em Nova Iorque, com um leilão online organizado recentemente – neste mês, pela Artsy.
Trata-se da primeira exposição e leilão de venda global sob o lema “A Força da Transformação”, organizada pela ONU Mulheres, Entidade das Nações Unidas dedicada à igualdade de género e ao empoderamento das mulheres. A exposição inclui 26 obras de artistas femininas proeminentes e emergentes de ascendência africana e visa reconhecer e elevar a consciência do poder transformador da arte das mulheres negras nos movimentos de justiça social, contribuindo, por isso para a materialização do Programa Global da ONU Mulheres sobre Mulheres Negras.
Phumzile Mlambo-Ngcuka, Directora Executiva da ONU Mulheres, falando em torno da exposiçãosublinhou: “A justiça racial e a desigualdade de género não estão separadas, mas sim integralmente ligadas e o trabalho da ONU Mulheres dá prioridade a ambas. Através do Programa Global de Mulheres Negras, e desta exposição que irá angariar fundos para esse trabalho, iremos apoiar movimentos e organizações de mulheres negras em diferentes partes do mundo para fomentar laços mais estreitos e dar maior poder à sua voz e acções”.
As obras em exibição estão à venda no Artsy, o maior mercado global de arte online, de 16 de Julho a 30 do presente Julho (diga-se, prestes a terminar) com o leilão a terminar às 14h EDT de 30 de Julho.
Cinquenta por cento das receitas irão para o lançamento do Programa Global das Mulheres Negras, concebido para conectar as mulheres de origem africana em África e na diáspora através de uma programação abrangente em torno do empoderamento económico nas indústrias criativas; conectar os movimentos de mulheres pela Diáspora para fortalecer a sua voz, acção e impacto; e abordar a violência contra as mulheres.
Como um esforço deliberado de sensibilizar sobre a desigualdade salarial baseada no género e valorizar o trabalho das mulheres, os outros 50% irão directamente para a artista. Além disso, para proteger as artistas, os compradores vão se comprometer a não vender a obra durante um período de pelo menos cinco anos; dar aos artistas o direito de primeira recusa na revenda; e dar aos artistas 15 por cento do preço de venda se as obras forem vendidas.
“A Força da Transformação” é intergeracional, internacional, e interdisciplinar. Nascidas entre 1935 e 1997, as artistas desta exposição vivem e trabalham actualmente na África do Sul, Senegal, República Democrática do Congo, Nigéria, Costa do Marfim, Gana, Quénia, Jamaica, República Dominicana, Barbados, Brasil, Somália, Tanzânia, Reino Unido, e Estados Unidos.