Binda debate lugar da mulher no casamento

Muitos que vivem ou acompanham uma relação conjugal sabem que o casamento, esse sonho que pode ser de qualquer um, as vezes não é ‘’nada fácil’’. Binda, um dos principais representantes das artes plásticas na província da Zambézia, pesquisou a vida de um grupo de mulheres casadas. A busca concluiu que o grupo de mulheres vive um ‘’inferno’’ no lar.

‘’ Uma situação, de modo geral, desprezível e que não há palavras para descrever.’’ Lamenta.

Em muitas famílias tanto no passado como no presente, a mulher, nas relações sociais, está hierarquicamente subordinada ao homem. Essa fórmula para gerir algumas relações sociais em muitos casos aplica-se também no casamento, e com exagero.

Por exemplo, em alguns casos a mulher não tem o direito de se expressar, nem de lazer. No referente a actividade é dada apenas a tarefa doméstica.

Binda, imortalizou esses e outros sofrimentos indescritíveis, que os esposos causam às mulheres em um quadro intitulado ‘’Sector Privado.’’

De acordo com Binda, ‘’Sector Privado’’ é uma forma irónica de chamar atenção a dominação e preconceitos que o homem exerce sobre a mulher. E, igualmente, convida a mulher para estar atenta para cada decisão que toma em várias etapas de relacionamento.

‘’A temática visa trazer um debate sobre homens que casam e privam mulheres. Há muitas formas de privar a mulher, como por exemplo proibir está de ir à escola. Isso acontece todos os dias na sociedade, mesmo ao nível de pessoas escolarizadas.’’

No quadro pode se comtemplar um homem que oferece flores à uma mocinha. O mesmo usando o luxo de sedução fecha os olhos e questiona-se. ‘’Quando será a minha vez de casamento?’’ O rosto nu é uma ironia que quer dizer o corpo despido é privacidade entre o homem e a mulher’’.

No quadro, para o artista, o pássaro simboliza liberdade na vida e de sonhar.

Binda, filho de desenhadores, nasceu em Quelimane, 1975. Nos últimos anos leva a cabo projecto de um atelier, onde é mestre e pretende contribuir no desenvolvimento da cultura na Zambézia.

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