A antiga Primeira-ministra de Moçambique e actual presidente do Banco Barclays no país, Luísa Diogo, disse sábado que os serviços de pagamento com cartões, suspensos em POS e ATM’s dos bancos nacionais, desde sexta-feira, vão voltar à normalidade e com registo de melhoria.
Diogo falou à imprensa quando questionada por jornalistas sobre a indisposição, não explicada, dos serviços prestados pela SIMO (Sociedade Interbancária de Moçambique), gestora da rede única nacional de pagamentos.
“Um país sem o sistema interbancário a funcionar por muito tempo pode regredir. É necessário que os moçambicanos entendem que trata-se duma questão temporária, não haja pânico”, disse, ajuntando que o país tem que seguir em frente no sentido de tornar modernos os serviços comuns prestados pela SIMO.
A SIMO enviou comunicado à imprensa ontem, a explicar o sucedido, mas sem detalhes do problema, deixando milhares de moçambicano em pânico e desespero.
“Estão em curso acções com vista ao restabelecimento dos serviços com maior brevidade possível”, disse o SIMO, acrescentando que “o problema não é a falta de dinheiro, mas está associado a actualização de licenças não especificada com o Banco de Moçambique.”
“A suspensão temporária dos serviços não pode ser razão para desconfiar do sistema bancário nacional, apesar de que os tempos não são saudáveis,” disse Digo.
Muitos cidadãos, clientes de bancos, pensam que há falta de notas de dinheiro devido a crise financeira, relacionada com as dívidas ocultas. Entretanto, Luisa Diogo disse que “apesar de o impacto estar na linha vermelha, haja tranquilidade, são fases que estamos a atravessar e que vão passar”.
Neste sábado, muitos bancos estiverem abertos para diminuir o impacto do transtorno causado.
O Banco Central moçambicano, que gere o dinheiro, ainda não se pronunciou.