O director da Escola Secundária Noroeste 1, em Maputo, Arlindo Massingue, fugiu do recinto escolar na sequência de ameaças de um suposto estudante que quis, a todo custo, golpear Massingue e o resto dos funcionários que quisessem intervir. Houve gargalhadas por parte dos alunos que estiveram no local. O último tempo, do período da tarde, ficou praticamente comprometido.
Ainda não há certeza de que se trata de um estudante daquela escola. Que alguém que se fez passar por aluno e ameaçou o director até fugir, disso não há dúvidas. Alunos e funcionários que testemunharam o sucedido divergem nos detalhes, mas convergem no essencial.
Alunos contam que trata-se de um (1) estudante que infringiu as regras. Não gostou da punição. Chamou um companheiro que até ano passado estudou naquela escola. Juntos agiram como forma de fazer justiça com as próprias mãos.
Um dos professores entende que o caso está acima de uma simples indisciplina de estudante. ‘’Pela característica daquele individuo concluo que se é de curso nocturno, segundo dizem, então estudou aqui há muito tempo, muito antes dos últimos cinco anos. Penso que é um ajuste de contas entre aquele individuo e o director ou alguém que foi/é professor daqui. Deve ser um problema do passado.’’
Um caso planeado
Uma das funcionárias da área de limpeza conta que viu o suposto estudante por volta das 11 horas. De acordo com a funcionária, na ocasião apareceu com os amigos, em um ‘’ar de quem planeavam algo’’ perguntaram sobre a presença de Arlindo Massingue. Em seguida foram embora.
Mais tarde, 17 hora (11/09) regressaram. ‘‘Um deles, supostamente embriagado, começou a criar confusão ameaçando, na presença de todos, bater o director. Este, vendo o nível de agressividade do suposto estudante entrou no carro e, com ajuda de outros colegas, conseguiu fugir para evitar o pior.’’
Durante esse espectáculo, diga-se, cinematográfico, quando um grupo de funcionários prenderam o estudante em uma das sanita gradeada com o objectivo de mais tarde levarem lhe à esquadra, o estudante partiu o espelho para chamar atenção dos que estavam fora. E conseguiu chamar, mais uma vez, ser o centro das atenções.
Em seguida, os funcionários abriram a porta da sanita. O estudante saiu e golpeou um dos segurança da escola que na ocasião se interferiu. A boa notícia, o funcionário está bem. A cena escandalosa teve fim quando um polícia, estudante da escola, no curso nocturno, algemou o suposto aluno para a esquadra.
No portão da escola, quando tudo abrandava, um transeunte comentou, ‘’o que parece um acontecimento isolado em um conjunto de acontecimentos soltos, pode tratar-se de casos de crise de valores.
