Jornalismo ao pormenor

À saída da audição: Venâncio Mondlane diz que  não sabe de que crime é acusado

PGR aplica medida sancionatória de Termo de Identidade e Residência à Mondlane

Depois de cerca de dez horas no interior da Procuradoria Geral da República onde estava a ser ouvido, à saída Venâncio Mondlane que se mostrava calmo e sereno disse não saber de que crime é acusado, pois o Ministério Público não foi capaz de o explicar.

Em declarações à imprensa, Mondlane disse que a audiência foi normal. “O único problema é que, curiosamente, não posso vos responder qual é o crime de que sou acusado. Infelizmente, ficamos essas horas todas e não conseguiram dizer de que crime sou acusado,” afirmou o ex-candidato presencial, sem demonstrar sinais de cansaço físico ou nervosismo.

No que se refere duração da audição, Mondlane partilhou que “fizeram, naturalmente um batalhão de perguntas que justificou esse tempo todo.”

Segundo avançou, foram basicamente perguntas que têm que ver com as manifestações. “A promoção das manifestações, a incitação à violência, ao prejuízo à economia, e todo o tipo de distúrbios que supostamente foram criados por manifestações” disse e acrescentou: eu respondi a essas perguntas sem saber qual é o crime que sou acusado,” reforçou.

Mondlane avançou ainda que foi aplicada uma medida sancionatória ou de limitação. “Isso significa que eu não posso me deslocar sem avisar a Procuradoria.” Ou seja, pode se ausentar por mais de cinco dias da sua residência sem avisar à PGR. “São aquelas questões básicas de termos de identidade da residência. Então essa é que é a minha questão agora, eu estou , neste momento, com essas limitações,” afirmou.

Questionado se a audição desta terça-feira e esta medida de limitação não condicionava a sua actividade política, Venâncio Mondlane respondeu que vai continuar a fazer a sua actividade política normal. “A única questão é que todo o movimento para além de cinco dias é preciso ser informado à Procuradoria Geral da República, só isso.”

Mondlane diz não saber dizer se está a ser ou não injustiçado, porque não sabe qual é o crime de que é acusado. “Esse é um dos protestos que nós vamos apresentar. Como é que nós podemos ficar numa audição de quase dez horas sem saber qual é o crime de que é acusado.”

“A outra questão é que deram-nos oportunidade de vir com o dossier dos processos que nós já submetemos a PGR desde o ano passado não tem resposta, para a Procuradoria dar-nos devido esclarecimento sobre o ponto de situação de cada um deles, porque esta foi uma das questões que eu levantei,” disse.

 

Actualizado às 22h00

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