Jornalismo ao pormenor

“21ª Guerra Mundial” ao virar da esquina

Os dias passam vagarosos. Por sua vez, a ansiedade não passa. Melhor, passa. Passa de um estágio para o outro, num gráfico sempre em crescendo. E à medida que cresce a vontade de ver a bola rolar, decresce o tempo de espera. Menos de 48 horas separam-nos do arranque do Mundial. Menos de dois dias faltam para que 32 nações, contrariando os esforços de Donald Trump e Kim Jong-Un, dêem início a 21 ª Guerra mundial.

Dos gélidos relvados soviéticos, será emitido calor para o mundo. E, apesar de Rússia ser palco desta guerra, sabe-se que não será ela o centro das atenções. A Rússia está condenada, apenas e só, a ser o centro de tensões. É que, em guerras como a que inicia no dia 14, os Russos são uma super- (im)potência, à semelhança do que fora África do Sul em 2010.

As potências vêem-se pelos números. E duas delas – Brasil e Alemanha – reúnem quase metade de triunfos. Ao seu lado, perfilam-se a Espanha e a França. Ambas contam com um título cada, mas incontáveis são os títulos elogiosos ao seu futebol. Porque, na verdade, é um erro fixar-se só nos números. Basta lembrar que Itália, que é sós quatro vezes campeã mundial, fara tão parte desta “guerra” quanto Moçambique. Ou talvez menos. Lembrem-se da Lizha…

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Portugal – campeão europeu – desalinha-se da linha da frente. Mas parte à frente da Argentina. Não porque tem melhores soldados, mas porque tem melhor exército. Por outro lado, a Bélgica, de ataque requintado – mas nem sempre efectivo – segue sendo uma promessa. Será desta?

De África, há promessa de desilusão. Por isso mesmo, estão os africanos seguros de que não se vão desiludir. Porque, a confirmar-se, será o cumprir da expectativa. O contrário, naturalmente, será cereja no topo de um bolo colorido em forma de pentágono. Dos cinco lados (Egipto, Senegal, Nigéria, Marrocos, e Tunísia), apenas os primeiros dois parecem garantir mínima segurança. Os restantes formam um triângulo de presas fáceis diante de predadores ferozes que os cercam.

Posto isto, tudo a postos. Que venham as apostas

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