1953-2018: percurso de um ‘’político maduro’’
Afonso Dhlakama morreu na última quinta-feira, em Gorongosa, Sofala. Ontem decorreu a cerimónia oficial ao líder do maior partido da oposição. Hoje, quinta-feira, volta ao ‘pó’ da terra. Quem volta ao pó é um político que testemunhou décadas batalhas políticas e atravessou gerações. ‘’Na longa experiência Dhlakama atingira a dimensão de um político maduro. Em palavras e acções.’ Disse um professor universitário.
Ao longo da carreira, Dhlakama transformara-se em uma ‘espécie’ de ‘macaco velho’, porque em algumas sabedorias locais os ‘macacos velhos não caem no ramo seco’. Descreveu, esteticamente.
O referido professor universitário, também analista político de elevada reputação, fanando a Lupa News, pediu para não ser identificado, observou que Afonso Dhakama, claramente, aprendeu muito com os erros do passado e com acções concretas tem mostrado/mostrava maturidade política própria de uma Democracia exigida, isso especificamente ao nível de gestão de conflitos internos.
Um dos exemplos, comprovou, é a famosa estória dos 16 deputados da Renamo que tomaram posse à revelia de Dhlakama. ‘’Passado um tempo o líder da Renamo mandou chamar os deputados. Perdoou-lhes o que causou surpresa de outros membros do partido que acusavam os 16 deputados de traidores do líder. Nessa altura Dhlakama disse que era normal num partido existir divergência de opiniões e que o mais importante era união em momentos necessários e assim perdoou os desacatos.’’
Dhakama aprendeu com os procedimentos que tomou para Raul Domingos, e, depois, com Daviz Simango. Sublinhou o reputado analista.
Na mesma linha de observações, sobre o líder, Ivone Soares, da Renamo, descreveu Afonso Dhakama como alguém que sempre pretende/pretendia manter sua imagem. Ele é/era um homem que granjeia/granjeiava simpatia dos moçambicanos para mérito próprio.” “este mérito foi criado e alimentado por ele próprio. “Homem caracterizado por honestidade enquanto outros estão preocupados a construir palácios e viaturas de luxo”.